domingo, 6 de fevereiro de 2011

- A Revolução Americana: A Declaração da Independência

Nova Iorque, 5 de Julho de 1776

Caro amigo,

Escrevo-lhe para lhe contar mais novidades acerca da guerra que aqui se trava. Parece que a vitória está à vista. Ontem, dia 4 de Julho, foi aprovada no Congresso de Filadélfia, a Declaração da Independência, redigida pelo deputado da Virgínia, Thomas Jefferson.
Esse ilustre documento foi escrito com base nas ideias dos filósofos iluminados e assegura-nos garantias e direitos, próprios de uma nação livre.

       - Em primeiro lugar, assegura-nos o Direito à Igualdade e à Independência, como Leis da Natureza, quando afirma que ''todos os homens nascem iguais'' e que, os nossos territórios têm o direito de ''tomar entre as potências da Terra o lugar de independência e de igualdade a que as Leis da Natureza e o Deus da Natureza lhe dão direito''.
      
        - Depois, defende a Vida, a Liberdade e a busca da Felicidade, isto é, os direitos naturais, como inalienáveis, quando escreve que o nosso Criados nos dotou ''de certos direitos inalienáveis, entre os quais a Vida, a Liberdade e a procura da Felicidade''.
     
        - De seguida estabelece a Soberania Popular, que pode ser exercida através do voto;
      
       - Institui, ainda, a Divisão de Poderes e o Contrato Social, exercido através do direito dos governados   de deporem um governo que não os represente como é devido.
      
       - Por fim, rejeita veemente o ''despotismo absoluto''.

Este é um grande passo no caminho para a independência, esperemos que seja suficiente.

Seu amigo,
C. C.

P.S.: Envio uma cópia da dita Declaração, para que a possa ler.





Fig.1 - Declaração da Independência dos E.U.A. (1776).




- Fonte:
ROSAS, Maria Monterroso, COUTO, Célia Pinto do, O Tempo da História, 2ª parte, 1ª edição, Porto, Porto Editora
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sábado, 5 de fevereiro de 2011

- A Revolução Americana: A Guerra da Independência

Os abusos da coroa inglesa, os impostos sobre os produtos, o monopólio comercial da Companhia das Índias, a falta de representação no Parlamento Inglês... Tudo contribuiu para que, em Abril de 1775 soassem os primeiros tiros da Revolução.

Nova Iorque, 11 de Julho de 1775

Caro amigo,

As colónias e Inglaterra estão, definitivamente, em guerra. Já não é possível voltar atrás.
No passado mês de Abril, a população da pequena aldeia de Lexigton, perto de Boston, atacou uma milícia inglesa, enviada para apreender armas ilegais.
Em resposta, o rei inglês enviou tropas para por termo à insurreição. Reina, agora, um clima de guerra e nós, americanos, lutamos pela nossa independência. Penso em, talvez, juntar-me ao exército. Não creio que as nossas forças tenham grande hipótese face ao disciplinado e bem armado exército da Inglaterra e, por isso, penso que toda a ajuda é necessária.
Entretanto, já os meus compatriotas trataram de resolver a questão, escolhendo para comandante-chefe do nosso exército um homem instruído e bom militar, chamado George Washington.
Deves também ter ouvido falar da forte acção diplomática, que se faz já sentir aí na Europa. A aposta é nesse sentido, para que consigamos angariar apoios europeus.

Fig.1 - Batalha de Lexington

Esperamos obter a ajuda europeia em breve para que possamos levar a
cabo a justa guerra da nossa independência.
Sem mais, de momento, despeço-me.
                                                                                             C. Carter

 - Fonte:
 ROSAS, Maria Monterroso, COUTO, Célia Pinto do, O Tempo da História, 2ª parte, 1ª edição, Porto, Porto Editora
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