sábado, 12 de março de 2011

- A Revolução Americana: O Acordo de Paz

Após a vitória das forças americanas na Batalha de Yorktown em 1781, a Inglaterra decidiu-se pelas negociações de paz, assinando, em 1783, o Tratado de Versalhes.


Nova Iorque, 30 de Dezembro de 1783


Caro amigo,

A liberdade é nossa!
No passado dia 3 de Setembro deste ano de 1783, a Inglaterra assinou o Tratado de Versalhes, no qual reconhece a nossa independência e o nosso direito de colonizar os territórios a ocidente do Mississipi.
Para além disso, entrega-nos o território compreendido entre os Grandes Lagos, o Oaio, o Mississipi e os Montes Apalaches.
A obtenção deste documento não foi fácil: foi necessário um ano inteiro de negociações.
Com este acordo, tornamo-nos o primeiro estado americano independente depois da chegada das nações europeias ao chamado "Novo Mundo".

Esta vitória, mais do que merecida, colocou agora os nossos Estados e líderes em discussão: deveremos formar uma federação descentralizada em que cada um dos Estados que compõem a nossa recém-nascida pátria seja patricamente autónomo ou, por outro lado, deveremos investir na criação de um governo central forte que regule a vida destes Estados?
É do conhecimento geral que, a primeira opinião é defendida por estados de menores dimensões, como Delaware, Geórgia ou Nova Jérsia, apoiados no deputado da Virgínia e redactor da Declaração da Independência, Thomas Jefferson. Por seu lado, a defesa da criação de um Estado central forte apoia-se no  Comandante-chefe das forças americanas libertadoras, George Washington e dos Estados de maiores dimensões, como Nova Iorque e Pensilvânia.

Na minha opinião, um Governo central que dispusesse das ferramentas e meios adequados à regulamentação geral de todo o território seria muito benéfico, em vez de Estados independentes que agissem conforme as leis de cada um.
Porém, tal decisão cabe, agora, aos representantes dos nossos Estados e aguardamos com grande expectativa o desenrolar dos acontecimentos que, com certeza, irão marcar o nascimento da nossa pátria e nação.
Sem mais de momento, despeço-me...

C. C.

- Fonte:
ROSAS, Maria Monterroso, COUTO, Célia Pinto do, O Tempo da História, 2ª parte, 1ª edição, Porto, Porto Editora
Apontamentos do Caderno

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